“Muitos líderes focam tanto no resultado e não tanto no que, normalmente, dá resultado: o relacionamento com o time, com os clientes”
Foi através do Instagram que passei a acompanhar o Ricardo Basaglia ( ou Basa como ele gosta de ser chamado : ) Logo no primeira publicação que vi pensei “quem é essa alma gêmea do outro lado que intuiu o que sempre falo” ? E assim foi por quase todos os dias!
Muitas trocas relacionadas a esfera do RH, profissões, liderança, carreira, autoconhecimento, inteligência relacional aconteceram através dos #stories publicado pelo Basa despertavam exemplos práticos ( relacionados a minha vivência profissional no Japão e principalmente na forma como atuo nas consultorias de Posicionamento Estratégico para marcas, produtos, serviços, profissionais liberais )
Ricardo Basaglia é Mestre em Administração de Empresas pela FGV/EAESP com extensão pela Universidade de Yale em Behavioral Science of Management. Iniciou a carreira na área de tecnologia, atuou em projetos de transformação digital em grandes corporações, mas descobriu que sua grande paixão estava em transformar a vida das pessoas. Ingressou na Michael Page em 2007, responsável pelo #startup de alguns negócios e escritórios no país. Hoje como Diretor Geral, lidera as operações da Michael Page e Page Personnel em São Paulo.
Agora vocês poderão ver e confirmar a experiência, vivências e conhecimento do Ricardo, na entrevista para o #TattiTalks
1. “30 milhões de empregos serão substituídos por robô, até 2026” [ Pesquisa feita pela UnB ] e inúmeros alardes tem sido compartilhados aos 4 ventos sobre o “Futuro do Trabalho” e a “escassez destas profissões. Pensando em Brasil, sabemos que a taxa de desemprego, em 2019 ficou em 12,4%, atingindo 13,1 milhões de pessoas [ Fonte: IBGE ] Somando “medo” a “desemprego” o que seria necessário para que essa equação seja invertida, ou seja, positiva? As limitações estão mais ligadas ao “pânico generalizado” em torno da automação e tecnologia ou a “barreira cultural” ligado as crenças de que todos os trabalhos deixaram de existir?
[ Basa ] Governos e sindicatos precisam parar de tentar proteger os empregos e começarem a proteger o trabalhador. Isso só irá acontecer através de educação preparando as pessoas para essa nova economia. Não devemos culpar a tecnologia por essa situação, e sim governo e sociedade que estão sendo incapazes de preparar os profissionais para se adaptar a esse mundo em transformação, sem o devido suporte e orientação. Temos 13 milhões de desempregados, porém 300.000 posições de desenvolvedores, por exemplo, que não conseguem ser preenchidas. O grande desafio (e o que gera o maior medo) é que normalmente as posições antigas são destruídas antes das novas aparecerem – temos clareza do impacto e pouca visão sobre as oportunidades.
2. Como foram os passos dados por ti, até conquistar a posição de Diretor da Michael Pages? (Uma das maiores consultorias de recrutamento e seleção de profissionais no mundo )
[Basa] Sou o exemplo de alguém que não soube planejar a carreira 🙂
Sou formado em tecnologia, até meus 20 anos de idade eu tinha convicção que seria um programador, daqueles que ficam preso dentro do datacenter, com fone de ouvido grande, falando com o menor número de pessoas, pois eu era muito tímido. Após me formar trabalhei 3 anos como gerente de projetos em uma grande operadora de telefonia móvel, depois 3 anos na área comercial de uma empresa de tecnologia, mas ainda sentia que algo me faltava. Há 13 anos fui convidado para me juntar ao time da Page, recrutando profissionais de tecnologia e me apaixonei pelo poder de transformar a vida das pessoas. Hoje lidero as operações da Michael Page e Page Personnel em SP.
3. “15 grandes empresas que não exigem mais diplomas de funcionários” e inúmeras outras manchetes citando Google, IBM, Apple dispensando o diploma na hora da contratação, geram uma “falsa” sensação de que buscar a formação e especialização na educação já é dispensável. Como você observa essas falas e afirmações?
[Basa] A grande chave dessa equação é lembrar que o principal motivo dessas empresas deixarem de lado a exigência por diplomas, é que as universidades não tem conseguido acompanhar a evolução do mercado, exigindo uma atitude extra perante aos profissionais de buscar atualização constante. Não ter a graduação é acreditar que você é capaz de estruturar, fazer a curadoria do conhecimento, ter a disciplina e estabelecer as conexões de maneira a aprender mais do que toda a estrutura encontrada em uma universidade (que não está sendo suficiente), e ainda buscar o extra necessário.
Hoje vejo uma minoria da população capaz de ter os skills/disciplina para conduzir o aprendizado e desenvolvimento próprio através desse caminho e ainda sim ter resultados acima do que teriam com a graduação.
4. Saber fazer e entregar aquilo que um profissional diz ser capaz de realizar ( possuir por exemplo as “hard skills” como graduação, especialização, habilidade em informática, fluência em lingua estrangeira ) por muito tempo foi a forma as empresas buscavam selecionar seus colaboradores. Lembrando que o cenário atual ( e futuro) cada vez mais é permeado por automação tecnológica, substituição ou redesenho de cargos e funções quais seriam as outras habilidades essenciais a serem desenvolvidas por quem deseja conquistar e garantir trabalho hoje e neste tal “futuro” ?
[Basa] É importante lembrar que pesquisas mostram que a maior parte dos profissionais são contratados por habilidades técnicas e demitidos por questões comportamentais. Se tudo que sabemos tem o prazo de validade e utilidade cada vez mais curto, a agilidade de aprendizado vem se tornando um grande diferencial, onde a inteligência está menos ligada a informação armazenada e muito mais a velocidade que o profissional tem de aprender algo, sem ter tido nenhum contato ou base prévia naquela área. Vitalidade intelectual, que diz respeito a curiosidade e interesse em sempre aprender, vem sendo um termo importante utilizado no mercado.
5. E a quinta pergunta na verdade é um espaço livre para ti Basa: o que você gostaria de dizer para quem vai ler essa entrevista? ( Bem livre, pode ser uma mensagem , uma recomendação, orientação o que você sentir que vale ser compartilhado! <3
Dificilmente você terá sucesso na carreira se tiver uma reação emocional a tudo que é dito para você.
Gosto de uma frase antiga, mas muito atual “Se palavras podem te controlar, qualquer pessoa pode te controlar”
Eu sempre sinto dificuldade de encerrar as entrevistas, de tão incríveis que elas são!
E contigo Basa, não seria diferente! Muito obrigada por dedicar tempo e atenção para compartilhar tantos ensinamentos e insight’s aplicáveis na vida de quem busca sempre se aperfeiçoar!
Você pode acompanhar o Basa através do Instagram | @ricbasaglia
[ #tattitalks são entrevistas feitas com profissionais e pessoas, que eu Tatti conheço pela vida e acredito que TODOS também deveriam ter chance de conhecer ]
Abraços, Tatti …
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Publicitária, Jornalista, especialista em Inovação e Tendências, #mãe apaixonada, sendo a mulher que desejo ser!
